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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Adoro ser Prostituta!!


Por Yaponan Magni, Marcio Souza e Ariovaldo Ramos

Há algumas semana li um comentário de Marcio Souza, mostrando sua indignação plausível e que também me deixou perplexo como o mundo tem se corrompido tão rapidamente. Ele falava de uma entrevista com a Gabriela Leite, líder da Ong Davida e dona da grife Daspu. O que chamou a atenção foi a forma honrosa como ela estava sendo tratada. A chamada do programa em questão exaltava a velha meretriz pelo fato dela ter escolhido ser profissional do sexo. A narrativa prosseguiu, colocando-a como uma heroína por ter levantado a Daspu e dado dignidade a profissão de prostituta. A última notícia que trouxe maior surpresa foi o anúncio de que a vida dela vai virar filme. Quando a apresentadora revelou essa pérola, a platéia foi ao delírio.

Prostituta, não existe nenhuma dignidade em sua profissão. As colocações feitas na reportagem colocavam a prostituição como algo normal, sem exploração, sem cafetinagem, sem miséria, sem choro, sem agonia, sem o desespero de ter que vender o corpo porque não tem outra alternativa na vida, apenas uma questão de escolha! Mas com certeza a profissão de meretriz não oferece glamour, e sim uma vida miserável e desgraçada até para a mais bem remunerada das mulheres.

Em Gênesis 3.15, Deus faz uma afirmação, da qual, nem sempre, nos damos conta: de que a inimizade da serpente seria para com a mulher.

A serpente configurava Satanás e a mulher configurava a Igreja, que traria Cristo ao mundo.

Mas, para além das configurações, que falam do enfrentamento da Igreja do Antigo e do Novo Testamento para trazer o Cristo, primeira e segunda vez; nesse texto, Deus reinventa a maternidade. O que era, apenas, a forma como nos multiplicaríamos, passou a ser a única esperança da humanidade. Duma gravidez especial viria o salvador. Toda a esperança da humanidade repousava no útero de uma mulher.

Mas a mulher pagaria um alto preço, teria como seu inimigo o anjo rebelde.

Os homens entrariam nessa briga por serem descendentes da mulher. Mas, a briga principal era com ela, para impedir a vinda do ungido.

De todas as manifestações na tentativa de destruir a mulher, fazê-la prostituta é a pior. Em qualquer tipo de prostituição a mulher não conta como ser humano, apenas como fonte de satisfação masculina: quanto mais serviçal, melhor! Ela não existe mais. O que existe é o macho em sua volúpia querendo satisfação plena e sem questionamento. E a única razão da existência da fêmea se sustenta em sua capacidade de dar prazer ao macho.

A gente não combate a prostituição (apenas) como pecado moral, combate-a como crime existencial, porque a alma da mulher é devorada e o que resta é a sua capacidade de satisfazer a uns e enriquecer a outros: homens que a usam e exploram a seu bel prazer.

Os Céus revoltam-se, a prostituição denigre totalmente a mulher e insulta a Deus, que, com a mulher, fez um pacto especial, fazendo dela a portadora da esperança da humanidade, não só por trazer o Cristo, mas por ser, na maternidade que carrega no coração, a certeza de que Deus continua investindo na humanidade.