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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

FÉ , ATÉ AONDE VAI A SUA?!





Certa vez um professor de escola dominical perguntou “O que é fé?” De pronto, uma criança respondeu: “Fé é quando você crê de todo o coração em algo que você sabe que não existe!”

Esta sem duvida é uma das respostas mais comuns, porém há uma realidade incutida nela. De maneira generalista, perdemos a noção do que é fé. Se você vive uma crença medíocre em algo sobrenatural, menor que um grão de mostarda (Mt 17:20), achando que vai te salvar, isso não é fé. Desculpe mas fé não é crença, nem crendices. Fé não é uma loucura sem explicação apesar de não depender da razão.

É comum vermos, no meio evangélico, a fé sendo utilizada como fonte geradora de riquezas e milagres baseada em passagens bíblicas avulsas. Porém, se você participa disto, mas, no seu coração, trata esses rituais com ceticismo, será considerado um homem sem fé. Mas, será mesmo a fé que move os rituais de prosperidade e cura? Você tem fé em um Deus superior pelo o que Ele é OU pelo que Ele pode fazer por você?

Existe certa falta de certeza sobre até onde vai nossa “fé”, até onde “vale à pena” acreditar em um Deus? Até onde “vale à pena” acreditar no misticismo evangélico? Por que não pode haver fundamentos para a fé? Até que ponto consigo suportar em minha vida uma crença infundada? Se tudo for mal na minha vida e nada daquilo que eu creio que possa acontecer aconteça, como crerei em um Deus? Como saberei que a culpa é minha? São muitas as indagações e poucas as certezas.

Paulo nos disse: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11:1 ACF). A fé é o firme fundamento, é uma certeza. Portanto, Paulo não diz que a fé é uma crença em algo, mas uma certeza; uma profunda certeza naquilo que não se pode provar de maneira racional.

Porém, o fato de não poder provar racionalmente a fé não nos dá margem para começarmos a acreditar em todos os rituais e misticismos que nos proporem nas igrejas. A fé vai além da razão, mas não contra ela. Ainda citando Paulo, em sua carta a Timóteo, diz: “Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia, conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé” (Tm 1:18,19). Fica simples entender que é necessário ter fé, mas também boa consciência sobre ela. Portanto, guarde a fé no que Deus é. Mas, cuidado com o que vai além disso.